Futebol feminino. Apesar de exposição ainda falta muito para reconhecimento

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Antes do futebol feminino ser reconhecido profissionalmente em diversos países, as mulheres tiveram que lutar para ter o direito de jogar futebol

As mulheres sempre mandaram bem no futebol. Porém, só agora e depois de muita luta, elas estão tendo a atenção que merecem.

Quem nunca ouviu falar da Marta, que colocou o Brasil no mapa mundial do esporte feminino?

O berço do futebol feminino foi a Inglaterra. Em 1894, a feminista Mary Hutson, sob o nome de Nettie Honeyball, convocou mulheres para praticar a modalidade, através de um anúncio feito no jornal.

Em 1895, então, trinta mulheres se reuniram para formar o primeiro grupo de futebol feminino do mundo.

No Brasil, a modalidade é praticada há mais de 100 anos, e foi legalizada apenas em 1979. Nesse mesmo ano, os primeiros times profissionais começaram a se formar e a mostrar que o domínio da bola não é coisa de homem.

Principais conquistas das mulheres no esporte

O primeiro Mundial, ainda que não oficial, ocorreu somente em 1986, sendo uma grande conquista para as mulheres. Ele foi organizado pela FIFA, após os esforços de uma norueguesa que reivindicou atenção ao futebol femino na época.

Cinco anos depois, em 1991, a primeira Copa do Mundo oficial de futebol feminino foi realizada na China.

As norueguesas continuam trazendo conquistas e melhorias ao futebol feminino. Recentemente, as jogadoras deram um passo importante para a igualdade de gênero no esporte.

Em 2017, a Federação Norueguesa de Futebol estabeleceu que a seleção feminina iria receber os mesmos salários que a seleção masculina. Antes da decisão, os homens recebiam mais do que o dobro em relação às mulheres.

Já no país do futebol, as mulheres lutaram por anos para terem espaço no esporte, passando décadas na ilegalidade. A proibição se dava devido ao pensamento da época de que a atividade era inadequada ao corpo feminino, o qual deveria ser preservado para a maternidade.

Foi só em 2013 que o primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino foi organizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Uma grande conquista para o futebol feminino brasileiro – e para as atletas de todo o mundo.

Seleção Brasileira Feminina

Apesar da Seleção Brasileira Feminina ter sofrido com a inconsistência dos clubes em apoiar a modalidade no fim do século XX e início do século XXI, a terceira geração de jogadoras trouxe grandes talentos, como Marta, Cristiane e Formiga.

O talento nato das jogadoras brasileiras, mesmo com escassos recursos financeiros e reconhecimento, tem sido a chave para trazer para casa grandes títulos.

A seleção é a melhor da América do Sul, com títulos em sete Copas América (1991, 1995, 1998, 2003, 2010, 2014 e 2018) e três jogos Pan-Americanos (2003, 2007 e 2015).

Atualmente, os clubes brasileiros são obrigados a ter um time feminino como pré-requisito para participar das Copas Libertadores, Sul-Americana e Série A. O regulamento, reforçado pela CONMEBOL e pela CBF, tem contribuído para a modalidade, oferecendo às jogadoras a estrutura necessária para treinamentos, preparação física, disputa de campeonatos, entre outros.

Além disso, a Seleção Feminina tem recebido grande atenção por parte de torcedores e tem caminhado para um maior reconhecimento da mídia.

Melhores jogadoras da história do futebol feminino mundial

Apesar de não ter conquistado nenhuma Copa do Mundo ou Olimpíadas, Marta é considerada uma das melhores jogadoras de futebol de todos os tempos, tendo sido eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo pela FIFA.

Mia Hamm também é outra jogadora frequentemente citada como uma das melhores na modalidade. A americana é duas vezes campeã olímpica e melhor jogadora pela FIFA, tendo conquistado uma Copa do Mundo.

Outra americana tem ganhado os holofotes sendo considerada umas das melhores da atualidade: Megan Rapinoe. Aos 33 anos, a jogadora conduziu a seleção americana ao título da Copa do Mundo da França, em 2019, conquistando também a Bola de Ouro e o prêmio de melhor jogadora da FIFA no mesmo ano.

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Author: Sidney B. Silva

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